Registrar pensamentos, narrativas e opiniões é uma arte...é uma linguagem da vida.

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

3 em 1

“Na verdade, na verdade vos digo que se alguém receber o que eu enviar, me recebe a mim, e quem me recebe a mim recebe aquele que me enviou.” – Jo  13: 20.


   Deus é três em um – a Trindade. O Pai está ligado ao Filho, e o Filho está ligado ao Espírito Santo. Um depende do outro, um faz o que vê o outro fazer, um diz  o que ouviu o outro dizer e assim estas três pessoas estão interligadas. Não há como separá-los. Portanto, se alguém diz receber Deus, também recebeu o Filho e o Espírito. Se alguém diz receber o Filho (Jesus), também deve ter recebido Deus e o Espírito Santo. E se alguém diz ter o Espírito Santo, tem que ter recebido Deus e o Filho também. Funciona mais ou menos assim:


DEUS PAI ------ DEUS FILHO (JESUS)-------- DEUS ESPÍRITO SANTO--------DEUS PAI------DEUS FILHO (JESUS)--------DEUS ESPÍRITO SANTO....

   E o ciclo é contínuo. Não há quebra neste ciclo. Acontece que a Trindade foi revelada aos seres humanos aos poucos. Os três sempre trabalharam juntos desde que a Terra foi formada e cada geração presenciou uma manifestação de Deus, principalmente o povo de Israel. Porém, podemos notar através da Bíblia, que há duas fases principais: o tempo da Lei ( Antigo Testamento) e o tempo da Graça (Novo Testamento). No primeiro, o povo tinha o foco mais na pessoa de Deus Pai e procurava permanecer em santidade para estar perto dele. A Lei e os Profetas ajudavam ao povo neste dever. Deus porém, nunca deixou de avisá-los que enviaria seu Filho ( a segunda pessoa da Trindade). O problema foi que o povo criou uma imagem de como seria esse Filho, o Messias. O povo padronizou o Filho antes mesmo que Ele viesse, e este padrão não era o mesmo padrão de Deus Pai. Daí que quando Jesus chegou, muitos não o reconheceram e por isso não creram nele.
   Jesus, o Filho, sendo a segunda pessoa da Trindade simplesmente era o próprio Deus em forma de homem aqui na terra. Ele deixava bem claro para as pessoas que esse ciclo existia, ou seja, Ele fazia o que o Pai fazia e falava o que ouvia do Pai. Ele e Deus Pai eram um. Mas as pessoas ficaram chocadas porque para elas o Messias deveria ser “assim e assim” e não do jeito que Jesus era. Jesus era um homem simples, não pertencia a elite religiosa de Israel, não pertencia a nenhum partido da época ( fariseus, saduceus, zelotas, etc), não demonstrava ódio pelos romanos ( que oprimiam o povo), curava justamente no Sábado (dia proibido pela Lei), etc e etc. Ou seja, os judeus já tinham uma “cartilha” de como o Messias viria e seria. Se não fosse do jeito deles, o enviado de Deus seria um herege e cometeria blasfêmias. Lembrando que Jesus nunca rejeitou a Lei de Moisés, pelo contrário, ele ia às sinagogas e fazia suas obrigações como judeu, porém ele deixou claro para a elite religiosa que havia leis estabelecidas por homens, coisas que superavam a vontade de Deus, coisas que impediam alguém de ser liberto ou curado. E Deus não se agradava disso, pois Deus é  o Amor.
    Todos aqueles que creram em Jesus e concordaram com seus ensinamentos, receberam o Filho. Daí que receberam também o Pai. E aqui entra o versículo citado no início deste texto: “...se alguém receber o que eu enviar, me recebe a mim, e quem me recebe a mim recebe aquele que me enviou.” Jesus estava falando do Espírito Santo, a terceira pessoa da Trindade que ele enviaria em breve. Jesus disse isto num contexto específico em que o dia de sua morte se aproximava. Sabendo que o Pai haveria de glorificá-lo, ele também sabia que voltaria ao céu e o Espírito Santo teria que vir à terra.
      Agora vamos destacar o nosso tempo, que é o tempo da Graça. Assim como antes, os judeus focavam Deus Pai e quando o Filho veio, muitos não o receberam, ou seja, não deixaram Ele agir como queria em suas vidas e hoje não acontece muito diferente disso. Hoje colocamos nosso foco em Deus Pai e em Jesus. Dizemos ter recebido o Pai e o Filho. Dizemos seguir ou pelo menos tentar seguir o Filho em todos seus ensinamentos. Falamos do Filho para os perdidos e procuramos evangelizar fielmente como Ele nos ordenou. Só que nos esquecemos de uma coisa simples: o ciclo não tem quebra, lembra? Ele não se resume em Deus Pai e Deus Filho. Existe o Deus Espírito Santo, e ele está aqui na terra! É ele quem está presente aqui em nosso dia-a-dia, assim como Jesus estava há mais de mil anos atrás. E muitos de nós estamos fazendo com o Espírito Santo a mesma coisa que fizeram com Jesus: Não deixamos ele agir como quer, não queremos ouvir ele dizer o que ouviu de Jesus, não aceitamos o jeito como ele faz as coisas porque parecem loucura, é estranho... para nós o Espírito Santo deveria ser “assim e assim” e o que foge disso chega a ser blasfêmia.  Conclusão: Será que recebemos o Espírito Santo? Você dirá “Claro que sim! Eu aceitei a Jesus e recebi o Espírito Santo”. Ok,  irmão mas você então deixa ele entrar na casa do seu coração e fazer o que quer? Você deixa  Ele ser ele, ou você o colocou dentro do seu padrão. Se você estabeleceu um padrão, certamente é porque há algum medo no seu coração. Um medo de perder o controle e pecar contra Deus? Quem realmente ama, aceita alguém do jeito que é, e se dizemos amar a Deus e a Jesus, devemos amar o Espírito Santo e aceitá-lo como ele é. Veja bem, não há como ter medo das obras do Espírito e pensar que elas fogem do controle quando você conhece e recebeu o Pai e o Filho. Lembra do ciclo? Pois então. Se temos o Pai e o Filho e os recebemos do jeito que são, então conseguimos identificar as atitudes do Espírito Santo em nossa geração, porque Ele é um só com os outros dois, certo?
    Jesus é bem claro neste versículo: “se alguém receber o que eu enviar, me recebe a mim...”, ou seja, é como se ele dissesse em outras palavras “ se você não recebe, não aceita, não concorda com aquele que eu enviar ( o Espírito Santo), então você não me recebeu, você não aceita como eu sou ...” Entendo aqui o verbo “receber” não somente como a atitude de aceitar a Cristo mas também como a comunhão dia-a-dia com Ele, como quando você recebe alguém na sua casa e quer deixá-la à vontade e quer agradá-la.
    Lembre-se: quando temos intimidade e comunhão sem superficialidade com Deus e com Jesus, automaticamente compreenderemos o Espírito Santo. Imagina se você conhece uma pessoa, um amigo seu que já comentou muito com você sobre seu filho ou filha. Um dia, o filho da pessoa chega até você e seu amigo não está perto. Convivendo com esse filho, certamente você perceberá que se trata do filho de seu amigo. Como você saberá disso e não será enganado? Porque você conhece bem seu amigo e aceitou tudo o que ele disse sobre o filho dele. É ou não é?
    Creio que se a Igreja recebesse 100% a terceira pessoa de Trindade, não só de palavras mas em prática de vida mesmo, o mundo não estaria como está. Perdemos muito tempo brigando entre nós por causa de nossas doutrinas e idéias divergentes, e muitas dessas idéias justamente relacionadas à Trindade. A impressão que se tem é de que vivemos o que Deus ordenou somente na teoria. Mas onde está a prática? Destaco o Espírito Santo nesse assunto porque Ele é quem está na terra conosco, a Igreja. É Ele quem faz Jesus ser vivo em nós. Um corpo sem espírito é um corpo morto e todos sabem disso. Portanto, o Corpo de Cristo (a Igreja) sem o Espírito Santo se movimentando e agindo como Ele quer, será o quê? Um Corpo sem vida, uma Igreja sem ação.
     Não estou aqui falando de correntes teológicas, nem defendendo doutrina A ou doutrina B. Só estou percebendo claramente que esse versículo dito por Jesus é muito mais sério do que pensamos. Sei que pra muitos de nós é difícil aceitar alguém do jeito que é, e isso acaba acontecendo em relação a Deus também. Somos humanos e temos medo de falhar. Não queremos desagradar a Deus e acabamos querendo ser perfeitos, mas seguindo um padrão que não é o de Deus. Por isso, mesmo sendo difícil devemos tentar nos desarmar aos poucos e deixar Deus ser Deus.

 

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Ação e Reação da Palavra


O que acontece conosco que temos acesso à bíblias? Nós lemos os livros delas, as levamos pra igreja, procuramos um verso de referência quando precisamos citar pra alguém, etc. Vemos os mesmos textos várias vezes e na maioria dessas vezes não notamos o que o tal texto realmente quer dizer - aquilo que está na essência dele, no original, no espiritual dele. Não percebemos que um acontecimento da vida de Jesus aqui na terra tem a ver com um trecho do livro de Gênesis ou outro livro da bíblia. Será que Deus fica com vontade de rir da gente? Será que Ele chega a pensar: “Esses meus filhos leem sobre mim o tempo todo, pregam sobre minha história direto e não sabem nem 50% do que eu quis ensinar através das minhas palavras.” ? Por que Jesus não pega a gente pelo braço e sacode dizendo: “Enxerga isso logo seu cego, enxerga isso logo!!! “ ? É porque Ele é educado. Ele se abre à medida que você se abre pra Ele. Além disso Ele espera a hora certa para enxergarmos.

    Jesus não foi apenas um homem diferente aqui nessa terra. Além de ser o Filho de Deus e o próprio Deus, Ele era ( e ainda é) o Verbo. Você sabe o que é Verbo? Certamente vai dizer que é uma matéria aprendida em Português no colégio ou na faculdade. Isso mesmo. E não damos muita importância quando aprendemos sobre verbo porque achamos uma matéria chata, com muitas conjugações e detalhes. O estudo do verbo é a base pra tudo. Vejamos o significado de verbo segundo o dicionário: “palavra, vocábulo; expressão, locução; a palavra que designa ação, estado ou qualidade de pessoas, animais ou coisas de que se fala; Segunda pessoa da Santíssima Trindade; expressão bíblica para designar Jesus Cristo.”

    Fica entendido então que verbo engloba tudo que vive ( pessoas, animais, situações). É expressão e ação. Coisas mortas não podem se expressar, certo? Coisas vivas é que agem. Jesus Cristo é a Vida. Sendo a Vida, Ele se expressa e age. Tudo o que diz respeito à ação faz parte dEle: “Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida e a vida era a luz dos homens; “ (Jo 1: 3, 4). Agora, imagine o significado de verbo, a própria Palavra se transformando em pessoa? Que tipo de pessoa vai ser? Certamente uma pessoa-verbo. Uma pessoa que age o tempo inteiro e qualquer coisa que ela diga tem poder pois é a própria palavra vivendo e fazendo tudo acontecer! É por isso que nada diante de Jesus permanecia do mesmo jeito. É por isso que todos que o ouviam falar ficavam cativados e atraídos por Ele. Ele tinha algo diferente. Não era eloqüência, não eram técnicas de oratória ou psicologia da comunicação. Era porque Ele era o Verbo em pessoa, com o Espírito Santo sem medida também ( “Porque aquele que Deus enviou fala as palavras de Deus, pois não lhe dá Deus o Espírito por medida.” – Jo 3: 34).

   Vejamos em Gênesis o que aconteceu: “No princípio, criou Deus os céus e a terra. E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; ... E disse Deus: Haja luz. E houve luz. ... E disse Deus: Ajuntem-se as águas debaixo dos céus num lugar; e apareça a porção seca. E assim foi.” – Gn. 1: 1, 3, 9.

    Cada palavra proferida por Deus era uma ordem, era um verbo no modo Imperativo que tinha por objetivo provocar uma reação. No verso acima vemos que toda vez que Deus proferia um verbo, algo acontecia. Nada poderia ficar do mesmo jeito. E Jesus estava presente na criação, porém não possuía o nome de Jesus ainda. Ele estava presente como a Palavra de Deus ( “Ele estava no princípio com Deus.” – Jo 1: 2).

     Quando a Palavra veio ao mundo com o nome Jesus Cristo, Ele não fez muito diferente do que aconteceu em Gênesis. Ao invés de declarar palavras sobre uma terra em desordem, sem forma e no caos Ele declarou palavras sobre terras de corações humanos. Ele deu forma às vidas de pessoas, que estavam no caos. Mas onde podemos encontrar isso na bíblia? Em todos os 4 Evangelhos há obras miraculosas realizadas por Jesus. Em João por exemplo, podemos perceber isso a partir do encontro com a mulher Samaritana. E após esse episódio também há muitas outras indicações. Separei alguns trechos em que vi isso.

“Veio uma mulher de Samaria tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber.” – Jo 4: 7. Aqui o verbo provoca uma reação na mulher. Ela fica curiosa a respeito da atitude de Jesus e abre seu coração para ele. Com simplicidade, como a de uma criança, ela pede a água viva. Ela mostra a sede dela.

“ Disse-lhe Jesus: Vai, chama o teu marido.” – Jo 4: 16. Ao falar isso, a mulher reagiu dizendo a verdade. Daí ela entrou no assunto sobre adoração e Jesus disse a ela que era o Messias.

“Disse-lhe Jesus: Vai, o teu filho vive. E o homem creu na palavra que Jesus lhe disse e foi-se.” – Jo 4: 50. Um oficial do rei pediu que Jesus curasse seu filho que estava à morte. Somente com uma palavra proferida, algo extraordinário aconteceu. Vemos duas reações: o oficial creu e seu filho ficou curado à distância.

“Jesus disse-lhe: Levanta-te, toma tua cama e anda.” – Jo 5:8. Aqui são três ordens. São três verbos. Um paralítico esperava alguém carregá-lo e colocá-lo na água para ser curado. Ele pensou que Jesus poderia fazer isso. Mas seria muito pouco para aquele que é o Verbo não é mesmo? Se Jesus realizasse o desejo daquele homem, ele seria como os homens comuns, seguindo o ritual que todo mundo fazia. Sendo o Verbo Ele teria que proferir palavras de poder para provocar uma reação naquele enfermo. E assim foi. O homem fez exatamente tudo o que foi ordenado : “Logo, aquele homem ficou são, e tomou a sua cama, e partiu.” – Jo 5: 9


   Há muitos outros exemplos na bíblia de palavras poderosas (verbos) proferidos por Jesus que provocaram uma reação das pessoas. Isso realmente é incrível. E é algo tão simples que nem percebemos. A conclusão é: aconteça o que for, seja a situação qual for, se Jesus declara algo sobre aquilo, nada pode continuar do mesmo jeito.

Não existe meio termo


Para nós é comum separarmos o significado de algumas palavras, por exemplo, uma pessoa pode ouvir mas nem sempre obedece...ou apenas obedece mais do que ouve. Outro exemplo é quando alguém diz que crê em Jesus mas não o segue, ou seja, não pratica o que Ele ensina.

Para Deus uma palavra está ligada à outra, Ele não pensa como nós pensamos. Ele é o Verbo ( “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus...Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.” – Jo 1: 1, 3). Verbo é a ação. É a própria palavra em ação. Se Ele é o verbo, Ele é a própria Palavra em ação. Ele é o próprio praticar. Para Ele todas as palavras estão interligadas. Uma palavra dá origem, continuidade ou lugar à outra. Para Deus então, não há como separar o significado de crer e praticar.

Para Deus não existe meio termo. Na Bíblia há muitos trechos onde podemos encontrar esse fato. Um exemplo é quando o Senhor convocava o povo de Israel a ouvi-lo; o povo ouvia mas não obedecia e por causa disso, volte e meia a ira de Deus se colocava sobre eles. No conceito divino, ouvir e obedecer é a mesma coisa. Inclusive, a palavra hebraica aplicada ao trecho bíblico no original foi “shemá”, que significa ouvir e obedecer ao mesmo tempo.

Quero destacar aqui um outro exemplo dessa característica firme de Deus. É um trecho do Evangelho de João: “ Aquele que crê no Filho tem a vida eterna, mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece.” – Jo 3: 36. Neste caso, a pessoa que crê deve também praticar e viver os ensinamentos de Deus. Há um verso (se não me engano) em que o próprio Jesus declara que quem crê nEle, pratica as Suas palavras. Isso mostra uma ligação entre a palavra crer e a palavra praticar. Para Deus não há como você apenas crer, ou apenas praticar. Aliás o próprio verso citado anteriormente diz que quem não crê não verá a vida e ainda além disso, atrairá a ira de Deus sobre si. A questão é: Deus dá o livre arbítrio mas também uma sentença já foi dada. Se você crê em Jesus, você tem que praticar Jesus na sua vida e por isso você será da luz. Se você não crê em Jesus, ou seja, se você também não praticar Jesus na sua vida, você será das trevas. Como as trevas já estão debaixo de condenação, você também será condenado com elas. Por isso a ira de Deus estará sobre você. Deus resiste aos soberbos e desobedientes. ( Jo 3: 20,21)

Falar sobre crer, praticar e ser da luz não é difícil. O problema é quando a gente percebe a seriedade quando lê que quem não crê, quem não pratica não verá a vida. Isso pega pro lado de quase todos nós, porque nosso problema está justamente em praticar. Como o povo de Israel a gente sempre esquece que Deus não separa o crer do praticar, assim como outras palavras de ação que existem na bíblia.

Deus é infinito, é eterno. Seu amor, sua bondade, sua humildade por exemplo também são infinitos. E também suas palavras são infinitas. Uma palavra está ligada à outra, elas não tem fim. Não seria por isso também que Deus é chamado de Santo e Justo? Aí está a firmeza e retidão de Deus. Para Ele ou é, ou não é. Para Ele é isso aqui ou aquilo ali. Para Ele não existe meio termo.


segunda-feira, 20 de maio de 2013

Planejar X Determinar / Caminho X Passos

"Em seu coração o homem planeja o seu caminho, mas    o Senhor determina os seus passos." - Provérbios 16: 9

Qual é a diferença de planejar para determinar, e qual a diferença de caminho para passos? O planejar é a ação de fazer um plano, esquematizar alguma coisa no papel ou na mente. É a parte teórica do que será feito. Determinar já diz respeito à própria ação, a parte prática do que foi planejado. É o plano levado à cabo. No caso do caminho e dos passos, há uma ligação muito forte entre eles. Um caminho não existe para enfeitar uma paisagem. Ele está lá para que alguém se locomova nele e não para ser um deserto. Se assim fosse, o verso da Bíblia diria "deserto" ao invés de "caminho". E também sabemos que ninguém dá passos no ar; tem que haver um caminho por baixo dos pés. 
   No verso acima está descrito então que a parte de planejamento e teoria fica conosco, seres humanos. Já a parte do agir, a prática (até mesmo porque a palavra passos indica claramente uma ação) fica com Deus. O problema é que não conseguimos discernir isso muito bem, nem sempre assimilamos bem essa diferença de papéis e funções - Deus cuida disso e eu cuido daquilo. Observe este pequeno exemplo: Imagine que numa casa, a você foi dada a tarefa de limpar o chão e a uma outra pessoa, a tarefa de ficar na porta fazendo o controle de quem entra e sai. Um dia você se cansa de limpar o chão, e decide ir pra porta achando que é um serviço mais útil. O que acontece então? Você passa a atrapalhar o serviço da outra pessoa e isso pode causar certa confusão, e o pior, a cada dia que se passa o chão da casa vai ficando cada vez mais sujo porque a pessoa que teria que estar lá (você), não está. Daí que as pessoas que veem a casa naquele estado nem querem voltar mais. O plano, a situação não prossegue. Nada tem rendimento e proveito, com você no lugar errado.
   Assim acontece quando queremos fazer o trabalho de Deus. As coisas não andam pra frente ou quando parece que estão andando, de uma hora pra outra desaparecem...acabam. Dependendo de como é a natureza de uma pessoa, ela vai agir em relação à uma situação. Se é uma pessoa que tem mais facilidade pra planejar do que pra determinar, pode ser que seja mais fácil ela deixar tudo na mão de Deus mesmo. Ele vai cuidar do restante. Mas se é uma pessoa que tem mais facilidade pra determinar do que pra planejar ( ou não sabe planejar mesmo), aí a coisa complica  pois ela vai agir e agir o tempo inteiro, teimosamente vai levar à cabo seu objetivo e num dado momento vai ter um choque e se frustrar quando perceber que nada deu certo como ela queria que fosse. Mas a culpa é de quem? Da própria pessoa que não entendeu o papel dela - o de planejar. Deus é quem vai ditar os passos, como as coisas serão feitas. O desenrolar da ação vem dEle, as etapas de cada passo, o abrir das portas. Quando você está num caminho, sabe que ele te levará a um lugar, um destino. Você já parou pra pensar que existem várias formas de você chegar a esse destino? A velocidade do seu passo pode mudar durante o trajeto ( ora você anda, ora você corre), você pode ir dançando ou até mesmo pulando com uma perna só. O que quero dizer com isso é que as maneiras, os passos desse caminho são feitos por você, mas direcionados totalmente por Deus. Esta é a função dEle. O que precisamos fazer (e isso pode não ser da noite pro dia) é "acertar o passo", ou seja, entender que de Deus são os passos para o caminho que planejamos.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Você perdeu a Audição?

Finalmente, ele olhou para Deus e perguntou: Perdeste o poder?

Extraído do Livro: Na jornada com Cristo, de Max Lucado.


Era uma vez um homem que desafiou Deus a falar.

Faz a sarça ser consumida pelo fogo como fizeste por Moisés, Deus.
E eu te seguirei.
Derruba os muros como fizeste por Josué, Deus.
E eu lutarei.
Acalma a tempestade como fizeste na Galileia, Deus.
E eu ouvirei.

E o homem sentou-se ao lado de uma sarça, junto a um muro, perto do mar e esperou Deus falar.
E Deus ouviu o homem, portanto Deus respondeu.
Enviou fogo, não para uma sarça, mas para uma igreja.
Derrubou um muro, não de tijolos, mas de pecado.
Acalmou a tempestade, não do mar, mas de uma alma.
E Deus esperou a resposta do homem.
E esperou...
E esperou...
E esperou...
No entanto, por estar olhando para sarças, não para corações; para tijolos, não para vidas; para mares, não para almas, o homem concluiu que Deus não havia feito nada.
Finalmente, ele olhou para Deus e perguntou:

Perdeste o poder?

E Deus olhou para o homem e disse:

Você perdeu a audição?

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Padrão de Beleza...existe???

To escrevendo aqui porque essa semana vi uma notícia meio engraçada no Yahoo. Um rapaz da Arábia Saudita seria (ou foi) deportado por ser muito bonito e chamar a atenção das mulheres durante uma festividade na Arábia.
Parece ser uma piada ou coisa de filme neh, mas a notícia é verdadeira. O que fiquei pensando foi : Até que ponto vai o nível de beleza das pessoas? Isso pode prejuducá-la? Será que o rapaz é tão bonito assim pra ser deportado? Absurdo, não?
Bom, o que eu penso é que não existem pessoas bonitas ou feias. Por exemplo, nesse caso do árabe, ele pode ser muito bonito para as mulheres de lá, mas talvez se ele aparecer em outra região do mundo não vai causar tantos problemas assim, até porque nem todos os países tem a cultura tão rígida quanto a da Arábia, em que as mulheres não podem sair de casa com rosto descoberto. É claro que é visível a beleza do rapaz, mas existem outros tipos tão bonitos quanto ele também (louros, asiáticos, negros, etc). 
Beleza é algo relativo. A aparência atrais sim, mas o que está no coração atrai mais ainda. E também penso que o que pesa é o "tipo". Por exemplo, uma pessoa morena atrai mais alguém do que se fosse uma pessoa branca, ou vice-versa. Não que morenos ou brancos sejam feios ou bonitos. Depende do gosto de cada um.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Princípios de Herbart

Comênio foi apenas o grande e apenas pioneiro do movimento de reforma da Didática. Logo depois veio o pedagogo alemão Johann Friedrich Herbart, que exerceu influência na Didática e prática docente.


"Segundo Herbart, o fim da educação é a moralidade, atingida através da instrução educativa. Educar o homem significa instruí-lo para querer o bem, de modo que aprenda a comandar a si próprio. A principal tarefa da instrução é introduzir ideias corretas na mente dos alunos. O professor é um arquiteto da mente.
Ele deve trazer à atenção dos alunos as ideias que deseja que dominem suas mentes. Controlando os interesses dos alunos, o professor vai construindo uma massa de ideias na mente, que por sua vez vai favorecer a assimilação de ideias novas."

Minha conclusão é que atualmente a educação está bem longe disso, pra não falar que ela está preste a ser destruída se continuar do jeito que está e acrescentar a ela um ensino que irá destruir o caráter do ser humano. O educador colabora na construção do caráter do aluno e no desenvolvimento da moral. O que explica então o governo inserir novos ensinamentos que vão causar mais confusão no pensamento de alunos em fase de desenvolvimento físico e psicológico? Ensinamentos que irão contra os bons costumes aprendidos desde a infância? 
É um caso a ser refletido. É algo muito sério.

A verdadeira BASE do Ensino

Quem disse que Educação não tem nada a ver com a Igreja? Quem disse que alunos, professores, diretores, pedagogos, psicopedagogos, etc tem que tolerar as novas leis esquisitas que vem por aí, leis que destroem valores, a moral, a ética e etc.? Leis que tem a função de destruir a família, a escola e consequentemente a sociedade?
Há duas razões para a Educação mudar pra melhor.  A  primeira é que por Ele, dEle e para Ele (Deus) são todas as coisas. Segundo é que no decorrer da história da humanidade, Deus levantou homens para fazerem a diferença na área do ensino.
Partindo do princípio de que a Educação só progride dependendo da Didática que está nela, vamos focar então na Didática, ou seja, na maneira de ensinar.
Como as escolas brasileiras tem ensinado? Será que o ensinamento é conveniente para o tipo de aluno com o qual lidamos?
No século XVII, predominavam práticas escolares da Idade Média: ensino intelectualista, verbalista e dogmático, memorização e repetição mecânica dos ensinamentos do professor. Os alunos naquela época não tinham espaço para suas ideias próprias, o ensino não se contextualizava com a vida das pessoas.
Até que apareceu um pastor protestante chamado João Amós Comênio. Ele foi o primeiro educador a formular a ideia da difusão dos conhecimentos a todos e criar princípios e regras do ensino. Na minha opinião, esse homem não estava contribuindo apenas em aspectos históricos, mas estava estabelecendo na terra princípios do Reino de Deus. Comênio queria que todos sem excessão tivessem acesso ao conhecimento  de forma plena e natural, sem nada mecanizado e restrito. Não é isso que o Reino de Deus prega? A justiça para com os necessitados sendo exercida?
Comênio desenvolveu ideias avançadas para a prática educativa nas escolas. Isso significa então que ele fez uma reforma na maneira de ensinar das escolas? Sim, foi isso mesmo!. E hoje, o que nós temos feito? Principalmente os cristãos deveriam responder a esta pergunta. O que a Igreja tem feito? Ela tem reformado as leis escolares? Tem reformado o modo de ensinar?
Para ter uma noção do que este pastor intencionava, dê uma olhada em sua Didática e seus princípios.

A Didática de Comênio e seus princípios


  • A finalidade da educação é conduzir à felicidade eterna com Deus, pois é uma força poderosa de regeneração da vida humana. Todos os homens merecem a sabedoria, a moralidade e a religião, porque todos, ao realizarem sua própria natureza, realizam os desígnios de Deus. Portanto, a educação é um direito natural de todos.
  • Por ser parte da natureza, o homem deve ser educado de acordo com o seu desenvolvimento natural, isto é, de acordo com as características e os métodos de ensino correspondentes, de acordo com a ordem natural das coisas.
  • A assimilação dos conhecimentos não se dá instantaneamente, como se o aluno registrasse de forma mecânica na sua mente a informação do professor, como o reflexo num espelho. O ensino, ao invés disso, tem um papel decisivo à percepção sensorial das coisas. Os conhecimentos devem ser adquiridos a partir da observação das coisas e dos fenômenos, utilizando e desenvolvendo sistematicamente os órgãos dos sentidos.
  • O método intuitivo consiste, assim, da observação direta, pelos órgãos dos sentidos, das coisas, para o registro das impressões na mente do aluno. Primeiramente as coisas, depois as palavras. Portanto, deve-se partir do conhecido para o desconhecido.


Olha só como Comênio mencionou Deus, demonstrando que Deus e a Educação tem tudo a ver. E quantas vezes nós ficamos com vergonha de falar sobre Deus em nossas aulas ou aplicarmos um modo de ensino de acordo com a Palavra de Deus. Escola é um ambiente impróprio para pessoas que pensam e agem contrárias à verdade. Escola é lugar para a verdadeira Didática ser aplicada. A Didática que mostra que Deus é Senhor de tudo e de todos. O único que pode mudar a história da Educação e dar vida a um conhecimento teórico e inerte que temos exercido. Voltemos ao princípio. A base da Didática está em Deus.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Ser canhoto não é pouca coisa não!

Eu tava de bobeira na net e resolvi procurar sites que falassem sobre o canhotismo ( até mesmo porque eu sou uma canhota neh). Encontrei vários e fiz uma coletânea de Curiosidades sobre os canhotos. Aqui abaixo está uma lista das melhores que achei:




  • O tempo todo os canhotos estão se adaptando ao mundo dos destros, mesmo que inconscientemente.


  • Podem levar vantagem em certas áreas como, digamos, pilotar um avião a jato ou falar e dirigir ao mesmo tempo.

  • Os canhotos são mais rápidos no processamento de múltiplos estímulos que os destros.
  • É mais imaginativo, mais capaz de resolver questões difíceis do seu dia-a-dia, a perceber e compreender o que o cerca, além de desenvolver habilidades e potencialidades que estão latentes no ser humano.

  •  Muitos canhotos processam a linguagem usando ambos os hemisférios do cérebro, em oposição aos destros, que parecem usar principalmente o hemisfério esquerdo para esse propósito.

  • Os canhotos têm uma ligeira vantagem nos esportes, jogos e outras atividades nas quais os jogadores enfrentam grande volume de estímulo lançado a eles simultaneamente ou em rápida sucessão.

  • Os canhotos podem se sair melhor mentalmente no caminho para a velhice, quando o processamento cerebral como um todo começa a diminuir
  • Os canhotos representam de 5 a 15 % da população mundial.

  • A maioria dos canhotos desenham figuras voltadas para a direita.
  • Entre gêmeos, existe uma alta probabilidade de um deles ser canhoto.
  • Gagueira e dislexia ocorrem mais frequentemente entre canhotos, principalmente naqueles que foram forçados a “mudar de mão” quando crianças.
  • Tênis, beisebol, natação e esgrima são os esportes onde os canhotos mais se destacam.
  • Existem muitos canhotos entre indivíduos bons em música e matemática.
  • Quase 40% dos melhores tenistas profissionais são canhotos.
  • Existem duas vezes mais homens canhotos do que mulheres.
  • Canhotos recuperam-se mais rapidamente de derrames do que destros.
  • Canhotos eram severamente discriminados nos séculos 18 e 19.
  • Canhotos são numerosos entre crianças com QI acima de 131.
  • De modo geral, canhotos são melhores em percepção tridimensional e pensamento.
  • O cérebro dos canhotos é estruturado de forma diferente, de um modo que amplia a gama de suas habilidades.
  • Pessoas canhotas possuem excelente capacidade para processar informações simultâneas.
  • Canhotos tem uma tendência maior a serem gênios criativos.
  • Na Idade Média, escrever com a mão esquerda era passível de pena de morte.
  • Canhotos alcançam a puberdade de 4 a 5 meses depois dos destros.
  • Metade dos usuários de computador canhotos usam o mouse com a mão direita.
  • O Dia do Canhoto é dia 13 de agosto.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

O Ego fora do comando - Parte 2


Continuando a ler a teoria analítica de Jung sobre o consciente e o inconsciente, percebi outra coisa comprovada pela ciência que se aplica também à realidade da vida cristã.

Jung diz que a transformação da personalidade acontece quando o Ego consciente e os conteúdos inconscientes se confrontam.
Você se lembra de que na Parte 1 (o último texto que postei sobre o assunto), o Senhor mostra pro nosso Ego quem é que manda? Que o Espírito Santo quebra nosso Ego orgulhoso fazendo com que os conteúdos da inconsciência sejam lembrados por nós para haver cura? Pois então. Aí está o tal confronto descrito pela Psicologia.
Jung chama esse confronto de processo de assimilação onde tanto o consciente como o inconsciente se modificam, ocasionando uma verdadeira transformação da personalidade, o processo de individuação.
O que eu acho interessante nisso tudo é que a Psicologia tem suas teorias e seus teóricos para explicar coisas que Deus já faz com o ser humano há muito tempo. O que só falta a ciência fazer é reconhecer que sem Jesus Cristo, o Ego (consciente) e o inconsciente do homem nunca estarão em equilíbrio.

O Ego fora do comando

Feliz Ano de 2013! Creio que essa é minha primeira postagem do ano!
Bom, nem pensei em entrar aqui hoje, mas como preciso registrar um pensamento importante... o jeito é vir aqui não é?
Estudando sobre a teoria analítica de Jung cheguei a uma conclusão que pode se aplicar à vida dos cristãos. Mas primeiramente vou colocar a teoria dele aqui abaixo.


TEORIA ANALÍTICA: O INCONSCIENTE PESSOAL E INCONSCIENTE COLETIVO

O inconsciente pessoal compreende as percepções e sentimentos subliminares, traços de acontecimentos passados perdidos pela memória consciente e todo material que não atinge a consciência, por não possuir suficiente energia ou não estar devidamente diferenciado. A maior parte dos conteúdos do inconsciente pessoal, porém, são os conteúdos rejeitados pela consciência, ao longo da vida pessoal de cada um. É todo um conjunto de material mental e afetivo que, por ser incompatível com as intenções, ideais, ou sentimentos morais conscientes, são impedidos de se conscientizarem e tornam-se, conseqüentemente, separados do Ego. Este impedimento da consciência se dá através dos mecanismos de defesa, dos quais a repressão é um exemplo.


Segundo a Psicologia, o Ego é o guarda da consciência humana, ou seja, ele é que policia o que entra e sai da consciência. Esse termo "guarda" é meu, não sei se a psicologia o chamaria assim, mas tudo bem vamos lá. Tudo o que o Ego acha ruim, más lembranças, frustrações, traumas, etc. ele considera como material mental ou afetivo, e para o Ego isso se chama lixo. Daí que se é lixo, ele não permite que fique dentro de sua casa arrumadinha - a consciência. Então o que ele faz? Ele chega pra inconsciência, que é sua vizinha e diz: Fica com todo este material indesejável pra você. Esse lixo não tem autorização pra passar pro meu lado, pois tenho como limite entre eu e você os mecanismos de defesa. E tem um muro entre nós chamado de Repressão. Sempre que você quiser vir pra cá com isso, vai ser reprimido.

Então o Ego que tem como alimento o Orgulho, vive uma vida de fachada, com sua linda casa mas com uma área nos fundos da casa toda suja e escura onde ninguém visita. Acontece que quando o Ego conhece a Jesus Cristo, ele deve se render ao Espírito Santo. Só o Espírito Santo coloca Cristo no centro da consciência humana, tirando o trono do Ego. Então podemos entender que se o Espírito Santo toma o controle da mente humana, o Ego não pode mais mandar em nada, certo? O Senhor conhece a mente do homem e como sabe que tem algo de errado, Ele sonda e vasculha os cantos escuros com sua Luz. Se Ele quiser curar a mente, Ele vai mandar o Ego se desarmar de seus mecanismos de defesa e deixar passar, vir à tona pra sua consciência os problemas, as fraquezas e traumas. Para o Ego isso não seria uma humilhação? Ma não é isso que nossa carne tem que sofrer - humilhação? Assim, Jesus é exaltado em nossas vidas e podemos ser curados por Ele.