Registrar pensamentos, narrativas e opiniões é uma arte...é uma linguagem da vida.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

DEUS anda através de VOCÊ



“E andarei no meio de vós, e eu vos serei por Deus e vós me sereis por povo.” – Lv. 26:12


   Quem é que está falando isso? A frase está na 1ª pessoa: Eu andarei no meio de vós... Eu vou andar no meio de vocês... Quem está falando isso? É o próprio Deus que está falando isso.
   O livro de Levíticos é um livro que faz parte da Lei. A Bíblia é basicamente dividida em Lei, Profetas e Salmos, e tem o Novo Testamento. Mas no Antigo Testamento a divisão é essa: Lei, Profetas e Salmos. E podemos notar que Jesus sempre dizia, em todos os quatro Evangelhos, que Ele veio para cumprir a Lei, os Profetas e os Salmos. Ele já tinha sido descrito em todas essas três categorias do Velho Testamento e cumpriu todas elas, em pessoa. E aqui no livro de Levíticos, vemos Deus falando “Eu andarei no meio de vós...” Isso está no tempo futuro, ou seja, Deus estava dizendo o que Ele iria fazer, o que iria acontecer no futuro, no meio de Israel. E não foi isso que Jesus fez? Jesus não andou no meio do povo de Israel? Jesus não andou no meio da população pagã, no meio de pessoas pobres, famintas e necessitadas? No meio de publicanos e de pecadores? Era Deus andando no meio de tudo quanto é tipo de gente.
   Quando lemos esse verso, a tendência é pensarmos que Deus estaria andando no meio de gente limpinha...santos com vestes de linho, tocando harpas, louvando ao Senhor, orando, profetizando...Mas espere aí. Deus veio literalmente a essa terra, andando no meio do povo. Ele encarnou-se. Por onde quer que ele passasse, Ele era Deus e era homem e isso não mudava. Independentemente de onde Ele passasse continuava a ser Deus e homem. Ele passava por lugares que não convinha a um santo passar. Ele passou levando libertação, levando cura, alegria, paz, mudando a história, mudando a realidade do ambiente.
   O verso continua: “...e eu vos serei por Deus e vós me sereis por povo.” Aqui realmente vemos que Jesus cumpriu a Lei. Aqui diz que não só a presença de Deus estaria no meio do povo como também Ele próprio andaria.
   Hoje, Deus continua andando no meio do povo, no meio das pessoas? Sim, continua. Alguém pode pensar: Mas Jesus já voltou pro céu... Mas veja bem. O Espírito dele está em quem? O Espírito dele está em cada cristão. O Espírito dele está na Igreja. Então partindo deste princípio, concluímos o que? Concluímos que onde um cristão passa é Deus andando no meio do povo, certo?
   Se esse cristão passa no meio de um lugar desagradável, é Deus passando ali. Se esse cristão passa no meio de pessoas cegas espiritualmente, pessoas doentes que precisam de cura, ou pessoas orgulhosas com problemas de alma, é Deus andando ali no meio do povo.
   Deus continua andando no meio do povo, mas é a gente que está andando no meio do povo. Ele está andando dentro da gente. Quando Deus está dentro de nós, nós o carregamos para onde quer que vamos. Olha que responsabilidade. Nós não somos o templo? Somos o templo ambulante. Pensamos assim: Não, a gente é o templo do Espírito Santo. Em nós habita a presença de Deus. Mas às vezes esse pensamento parecer ser uma coisa muito teórica, não é? Uma coisa muito vaga ou até mística. Mas na realidade não é dessa forma que devemos pensar. Somos um templo ambulante.
   Imagine um templo andando. Um templo feito de cimento, tijolo. É estranho, não é? Só que não daria pra esse templo andar porque ele não poderia alcançar lugares que um ser humano pode alcançar. E quando um ser humano cheio do Espírito Santo anda no meio do povo, é Deus andando no meio do povo. Assim, Jesus pode continuar fazendo as mesmas coisas que Ele fazia. Jesus pode realizar as mesmas coisas que Ele realizava quando andava nessa terra. Quando ele sujava seus pés na poeira dos desertos, das ruas, ou molhava seus pés no mar de Tiberíades...hoje somos nós que fazemos isso.
   Então podemos continuar fazendo a mesma coisa que Ele fazia e até maiores, porque é Deus andando no meio do povo. E a responsabillidade pesa aí. Imagine o seguinte. Lá bem no fundo, nosso temor a Deus não é 100%. Porque se fosse 100%, levaríamos esse assunto com muito mais seriedade, de que onde quer que a gente passe é Deus andando no meio do povo.
  

domingo, 7 de outubro de 2012

O Jumentinho


    Eu nunca tinha parado para pensar nesse jumentinho. Veja bem, em Lucas 19:28-44 existe uma lição muito importante que Deus quer nos mostrar.
   Geograficamente falando, Jerusalém ficava num terreno mais elevado do que as cidades próximas. Por isso naquele tempo as pessoas costumavam usar o termo “subir a Jerusalém”. Jesus então estava indo para Jerusalém e passaria pelo monte das Oliveiras, ou seja, ele subiria o monte e chegaria a Jerusalém assim que descesse do monte. É como se você estivesse numa cidade como Paraíba do Sul ou Três Rios ou Sapucaia, e subisse a serra de Petrópolis em direção ao Rio de Janeiro.
   Como conta a história, na subida do monte das Oliveiras havia algumas aldeias (povoados), inclusive as citadas Betânia e Betfagé. Jesus mandou alguns discípulos irem lá e trazer um jumentinho para que ele montasse. Não sabemos se Jesus estava cansado e não queria subir o monte à pé ou simplesmente porque ele queria ensinar uma lição de simplicidade.
   Mas e esse tal jumentinho? Sabemos que ele tinha donos mas nunca fora montado. E outra coisa: estava preso. Podemos chegar a uma conclusão de que talvez fosse como um animal de estimação que só ficava em casa, preso e não saía para nada. Ninguém precisava dele para alguma utilidade importante. Ele parecia não ser valorizado por seus donos, tanto que estes perguntaram aos discípulos por que soltavam o jumento. Era um animal que não parecia experimentar a vida plena de um jumento. Mas apesar dessa realidade, Jesus precisava muito dele, e urgente. (Lc 19:31).
   Para um jumento que talvez costumasse ficar preso no seu cantinho confortável, o fato de subir um monte era uma experiência nova e cansativa. Quanto mais carregando um homem, já que esse animal nunca havia sido montado!. Pra esse jumentinho a experiência deve ter sido literalmente um peso, não é mesmo? Mas naquele momento, ele carregava um peso de glória – o Messias, o Filho de Deus. Olha como Deus honrou esse animalzinho!
   Aqui está a lição para nós. Não somos jumentos mas através dessa história vemos muitas coisas sérias por trás das letras e assim podemos fazer uma analogia, uma comparação com nossa realidade espiritual.
  Como  Jesus mandou que soltassem o animal, pois este se encontrava  preso Ele nos liberta de nossas amarras feitas pelos nossos antigos “donos” (mundo, pecado e diabo) que não nos valorizam e não permitem que experimentemos a vida plena e frutífera que Deus tem pra nós. Jesus nos liberta porque precisa de nós. Ele tem um objetivo conosco. Para Ele nós sim temos muito valor. Servimos a Ele carregando sua Pessoa, seu caráter, seu peso de glória por onde quer que passemos, inclusive quando subimos montes, o que exige muito esforço de nós.
   Em todo aquele percurso no monte das Oliveiras, o simples animal pôde presenciar muitas pessoas, ricas e pobres, religiosas e não religiosas, estrangeiros e judeus gritando de alegria, louvando a Deus por tudo o que Ele realizou através de Jesus e lançando suas vestes ao chão. As pessoas estavam se despindo de sua honra e não se importavam com o que poderia acontecer às suas roupas. Mas isso tudo não era para o jumento. Era para quem ele carregava.
   Ninguém em sã consciência, colocaria suas vestes caras ou não, e limpas no chão cheio de terra e poeira para um jumento desconhecido pisar e sujá-las com suas patas. Toda essa atitude exagerada de alegria do povo era por causa de Jesus e nada mais. Estavam vendo Ele como o Rei de Israel. Pensavam que dali em diante Ele estabeleceria o reino a Israel, visto que ia para Jerusalém. Não imaginavam que em poucos dias, o Messias seria assassinado.
   Outro detalhe também é que antes de Jesus iniciar o percurso montado no jumento, os discípulos colocaram suas vestes sobre o animal (Lc 19:35). Jesus não se assentou ali de qualquer maneira. O jumento precisou de uma cobertura para que o Rei pudesse se assentar com conforto.
   Deus não usa nossas vidas de qualquer maneira. Precisamos de uma cobertura, de uma unção para que por meio dela, Jesus se sinta à vontade e confortável para nos usar. E enquanto Jesus nos usa, precisamos ver as pessoas exaltando a Ele, assim como o povo fez lá no monte das Oliveiras. Caso o povo não se disponha a se despir de seu orgulho, e não estiver exaltando a Jesus é porque há algo errado na situação. Onde estará o Rei então? Será que não o estão vendo?
   Jesus, o Rei, se assenta num trono mas também se assenta em nossa vida para reinar e ser exaltado quando ela (nossa vida) é humilde e disposta.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Meu Deus! Que música linda é essa? Ouçam também...
Este é o mais novo álbum de Jon Thurlow, um dos ministros da IHOP em Kansas City. Ouça só...linda canção...

domingo, 30 de setembro de 2012

Olhaaa...sinceramente, tempo que não faço isso mas acabei de encontrar mais um ícone de boa música gospel americana: JOSH WILSON . Esse cara é bom. Assisti a uns três vídeos dele no youtube e todos são ótimos, tanto a montagem dos clipes como as letras - muito reais em nossa sociedade.
Tentei passar pra cá os vídeos dele mas não consegui...Bom, é só você ir no Youtube e procurar por Josh Wilson. Os vídeos dele que vi foram: I Refuse, Before the Morning, Somethings Gotta Changes, How to fall,  Fall Apart e It is well (Instrumental video).

Recomendo! :]

terça-feira, 24 de julho de 2012

A Essência


  Aqui está a essência do evangelho - o relacionamento. Tudo começou no contato, na simplicidade do apenas estar perto e ver.
  João Batista já tinha demonstrado pra seus seguidores o quanto Jesus era poderoso e digno de reverência ( Jo 1:27). Imagine uma pessoa  que por ser tão poderosa, você não tivesse a coragem de desamarrar o cadarço do tênis ou sapato!
  Quando João Batista apresentou Jesus (Jo 1:29), imediatamente André e Filipe começaram a segui-lo. Foram andando atrás de Jesus pelas ruas, pelos becos...por onde quer que Ele passasse. Dá pra imaginar a cena naquelas ruas estreitas de Israel. E é claro que Jesus percebeu que estava sendo seguido. O ministério dele se iniciou assim: sendo seguido por estranhos num dia comum. Quer Twitter mais original que esse?
  E então depois de um tempo sendo seguido pelas ruas, Jesus parou e resolveu perguntar àqueles homens o que afinal eles queriam (Jo 1: 38-39). E aqueles que seriam num futuro breve, os apóstolos e pais da igreja, deram uma resposta tão simples como: "Mestre, onde moras?"
  Eles não perguntaram aonde aconteceria algum milagre, ou se Jesus poderia manifestar seu poder realizando algum sinal fantástico. Aqueles homens só queriam saber onde Jesus estava hospedado, onde ele morava. E Jesus os levou pra sua casa, abriu suas portas e passou um tempo conversando com eles (Jo 1:39). Certamente Jesus conheceu um pouco da história de vida daqueles homens e também deve ter comentado algo sobrenatural com eles, pois saindo daquele encontro, André e Filipe constataram que haviam acabado de conhecer o Messias descrito pela Lei e os Profetas (Jo 1:45). Eles não poderiam guardar tanta coisa boa e fantástica pra eles. Precisavam compartilhar com aqueles que eram seus próximos.
  André então foi atrás de seu irmão Simão e Filipe foi atrás de Natanael. Preste atenção no que Filipe disse a Natanael: "Disse-lhe Natanael: Pode vir alguma coisa boa de Nazaré? Disse-lhe Filipe: Vem e vê."
  Como Filipe poderia dar uma informação de segunda mão e descrever em palavras aqueles minutos únicos e poderosos com o Filho de Deus? Natanael precisava ter sua própria experiência. Precisava ir até Jesus e ver. Comprovar tudo com seus próprios olhos. Ter contato. Só isso.
  Talvez Simão e Natanael tivessem ido até Jesus só por curiosidade. Mas quando tiveram o contato com Ele, receberam a revelação fresca de Deus pra vida pessoal deles (Jo 1:42; 47-49). Tanto que Simão teve até seu nome mudado para Pedro. Em seguida Jesus os avisou que daquele momento em diante eles veriam muito mais coisas surpreendentes pois o céu estaria aberto. Jesus era a ponte entre céu e terra e era impossível ficar perto dele sem experimentar algo extraordinário: "E disse-lhe: Na verdade, na verdade vos  digo que, daqui em diante, vereis o céu aberto e os anjos de Deus subirem e descerem sobre o Filho do Homem." - Jo 1:50-51
    Entendemos que o contato com Jesus e o relacionamento com Ele é a base para ver o céu aberto. Os primeiros seguidores de Jesus começaram sua jornada sem ver manifestações de cura, milagres e ressurreição. Eles nem sequer pediram a Jesus para ver o céu aberto. O primeiro pedido deles foi para estar com Jesus, não importava o que Ele poderia fazer. O desejo deles era de conhecer o tão falado Jesus (apresentado por João Batista). A essência do desejo daqueles homens era conhecer quem era Jesus e não o que Ele poderia fazer com seu poder.
  Os discípulos só foram presenciar a primeira manifestação do poder de Deus através de Jesus no milagre da água transformada em vinho num casamento em Caná. (Jo. 2). Até esse dia chegar, os discípulos ainda ficaram um certo período de tempo ( a bíblia não relata) tendo contato e comunhão com Jesus.
  A essência do evangelho é essa. Precisamos retornar a essa verdade, retornar pra esse caminho e voltar a procurar Jesus e segui-lo. Como os primeiros discípulos, pedir pra estar com Ele, saber o que Ele pensa, conhecer seus atributos, sua Pessoa, ouvir o que Ele tem a nos revelar. E a consequência desse contato será ver o céu aberto.
  A história que João nos conta no Evangelho mostra que foi algo bem simples, uma coisa que foi dando lugar à outra. Uma sucessão de fatos simples mas que abriram espaço para a manifestação do poder de Deus. Nossa vida de igreja tem sido tão complicada. Onde é que estamos vivendo uma história como essa dos discípulos? Nos perdemos? Parece ser muito difícil ver o céu aberto, não é mesmo? É necessário prestarmos atenção nessa questão do contato, da essência e onde tudo começou. A igreja mudou muito com o passar dos anos. Nós individualmente mudamos muito também. Nos tornamos pessoas cheias de limitações. Mas Jesus Cristo não. Ele é o mesmo e certamente deseja que aqueles dias de busca se repitam hoje.